À Procura da Costa Perdida

Há algumas semanas o Público escreveu sobre a Costa da Caparica e as alterações
resultantes da acção do Costapólis.
“A Frente de mar chique que não consegue tapar o caos urbano” é assim que o jornalista de serviço titulou o seu artigo.
Infeliz título.
Na realidade a frente de mar não é chique e o caos está por todo o lado.
Os restaurantes e apoios de praia são paralelepípedos todos iguais e uniformemente dispostos - no melhor estilo soviético.
Os materiais não são adequados à acção das humidades marítimas e dos ventos.
Os lixos e areias já se vão acumulando em pavimentos dispendiosos mas nada consentâneos com o meio onde foram colocados.
Os cubículos entregues aos pescadores para guarda dos seus utensílios parecem não passar disso mesmo, cubículos, insuficientes para as necessidades.
As casas de banho, segundo um pescador, carecem de higiene.
A rampa de acesso às embarcações ainda não foi feita.
As palmeiras e outras plantações, ou secaram ou encontram-se em situação deplorável
Candeeiros em número excessivo (quem ganhou com isso?) poluem a paisagem.
Não devem passar muitos anos que não venham propor novas grandes obras, sempre para bem dos utentes.
Uma oportunidade perdida para a renovação e revitalização da Costa.
Em suma falam-nos de luxo mas o que se vê é lixo.
Muito Lixo!