Dama De Quê?

No Jornal Sem + dedicado à Região de Setúbal e distribuído com o Expresso é noticiado que “Maria Emília Sousa, a “dama-de-ferro” de Almada, vai recandidatar-se à autarquia almadense pela CDU nas autárquicas deste ano, para um quarto e último mandato”.
Não sei onde o jornal foi encontrar justificação para o epíteto “dama-de-ferro”..
Será que lhe encontrou tiques “fascistas” “a la Margaret Thatcher?
Será que o jornal tem provas de que a senhora lutou denodadamente contra os especuladores, designadamente os imobiliários?
Eu diria mais “dama-de- sabão” de tal modo se tem sabido moldar e conciliar com todos os interesses instalados, incluindo, escandalosamente, a Igreja Católica.
De ferro só se for o modo como se agarra ao poder…como uma lapa.
Mas a responsabilidade é da CDU/PCP que, sempre oportunista, permite que alguém governe uma autarquia quatro mandatos sucessivos.
Só quando lhes convém expurgar alguém, algum desalinhado ou caído em desgraça, se lembram da renovação de quadros!

O Progressismo de Maria Emília

O aniversário do Cristo do Cerejeira
Depois da canonização de Nuno de Santa Maria levaram a Senhora de Fátima ao Cristo Rei.O Cristo Rei de Almada é uma criação do cardeal Cerejeira, um pastiche do Redentor do Corcovado que o cardeal quis trazer para Almada. Muitas destas idiossincrasias devem ter acontecido, ao longo dos tempos . Erigir a Tour Eiffel em Xabregas, o Arco do Triomphe no Rossio, as cataratas do Iguaçu em Vil de Moinhos, Lurdes na Cova da Iria. Sucede que o país era uma ditadura e o ditador o amigo do cardeal. O monstro cresceu ali, virado para a exposição do Mundo Português, um símbolo do mau gosto de um povo sem apego à cultura nem à liberdade.Agora quiseram comemorar. Numa arriscada sobreacumulação simbólica quiseram juntar a senhora de Fátima ao Cristo Rei. A Igreja Católica não resiste a este folclore. Lá está ela, como a estátua, de braços abertos para tudo o que cheire a bafio. O cardeal oficiante, o Midas do Vaticano, o que transforma em santidade tudo em que toca, falou de paz. Parece que o Mostrengo foi levantado em cumprimento de uma promessa dos bispos portugueses. Eles pediram a Deus que salvasse Portugal da guerra. Em 1940 o nazi fascismo ocupava a Europa, bombardeava a Inglaterra, perseguia implacavelmente os judeus, e o país entrava no décimo quarto ano de suspensão das liberdades. Os bispos portugueses não pediram a Deus para que a barbárie fosse derrotada. Fizeram um pedido privado ao seu pequeno deus nacional, que poupasse Portugal.Eu respeito a gente simples que se reúne em Almada. E respeito a sua fé. E defenderia, até à última consequência, o direito à celebração dos seus rituais . Mas irrita-me que chamem paz à capitulação e à hipocrisia estratégica . E que tentem reabilitar a história com estórias mal contadas.

Luis em A Natureza do Mal

O Dote da Presidente - Uma Lamentável Lenda

Nas cerimónias formais e religiosas que marcarão para todo o sempre a união entre Maria Emília (PCP) e Igreja Católica a senhora levará um dote de 168000 Euros.
Coisa pouca, até porque não se trata de dinheiro dela – são os nossos impostos.
Talvez lhe valha mais meia dúzia de votos.
Que tristeza - ao qu’isto chegou!

Saudades do Lavadouro

Maria Emília terá tido saudades do antigo lavadouro municipal que aqui há anos mandou destruir para “requalificar” como restaurante de luxo.
Para informação o luxo deu para o torto e neste momento já é uma “pizzaria”.
Mas dizia eu que a senhora com saudades ou remorsos na consciência aproveitou mais uma “requalificação”, desta vez a febre aquática, e mandou plantar um lavadouro pós-moderno em plena Praça S. João Baptista.
Resta saber se aquela espuma é de sabão ou detergente fruto da utilização por saudosas almadenses ou resulta de qualquer efeito especial que lhe terá sido fornecido pelo compadre Benite.
É que nestas coisas de teatro parece-me que Maria Emília é uma verdadeira artista!