12 de junho de 2009

Compensar o Crime


Sob este título Luísa Schmidt escreve um artigo no Expresso na sua coluna Qualidade Devida.
Artigo sobre o processo de desmantelamento das políticas ambientais.
E ilustra o que diz com a apresentação de três casos paradigmáticos.
Ora um deles diz-nos particularmente respeito e intitula-se “A Mentira da Mata dos Medos” e reza assim:
“A manha e a mentira são um veneno letal para a nossa vida cívica. Contaminam a confiança, a motivação para participar e os mais básicos sentimentos de orgulho na pertença e identificação com um lugar, uma paisagem, uma memória.
Nada é certo e seguro neste país – aquilo que foi hoje garantido, pode amanhã ser totalmente destruído. O caso da Caparica é exemplar. Julgavam os portugueses que a bicentenária Mata dos Medos, graças ao seu estatuto de Reserva Botânica, estava protegida? Trouxas! O Governo e a Câmara decidiram destruí-la e rasgar nela uma estrada, isto quando já lá existe outra que liga os mesmos pontos. A benefício de quê e de quem?! Ainda na Caparica, julgavam os cidadãos que as célebres Terras da Costa, integradas na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica e em terrenos de RAN de primeira – célebres pela sua excepcional produtividade agrícola – estavam a salvo do cimento? Trouxas! O próprio Polis prevê urbanizações e mais uma estrada naquela zona já de si saturada, para não dizer erosionada. Os agricultores já começaram a ser expulsos.”

1 comentário:

Anónimo disse...

Vai para aí uma gatunagem na associação Governo-Autarquia.